segunda-feira, 27 de junho de 2011

Novo separador

Este blogue tem um novo separador onde se pode encontrar um artigo do site www.obesidade.online.pt relativamente ao tema da actividade física.

Factores chave para uma alimentação saudável

Variedade de alimentos
Esta é a mensagem mais consistente nas recomendações alimentares feitas em todo o  mundo. Necessitamos de mais de 40 nutrientes diferentes para ter saúde e não apenas um consegue satisfazer as necessidades. É por isso que o consumo de uma grande variedade de alimentos (incluindo frutos, vegetais, cereais e sementes, carne, peixe e ovos, produtos lácteos, óleos e gorduras) é necessária para a saúde e, qualquer um deles pode ser agradável como parte de uma dieta saudável. Alguns estudos mostram a relação entre a variedade alimentar e longevidade. Em nenhum caso, escolhendo uma grande variedade de alimentos, aumentou o prazer pelas carnes ou snacks.


Comer regularmente
Comer é um dos grandes prazeres da vida e, é importante ter tempo para parar, relaxar e escolher horários para as refeições e os lanches. Programar o horário das refeições também assegura que estas não são esquecidas, resultando em falta de nutrientes que, muitas vezes, não são compensados pelas refeições seguintes. Isto é especialmente importante para crianças em idade escolar, adolescentes e idosos.


Equilíbrio e Moderação
Para equilibrar a ingestão alimentar é necessário conhecer, um pouco, cada tipo de nutriente. Se o tamanho da refeição é razoável, não é necessário eliminar os alimentos favoritos. Não há “bons” ou “maus” alimentos, apenas boas ou más dietas. Nenhum alimento pode ser adequado a um estilo de vida saudável, se for esquecida a moderação e o equilíbrio. Quantidades moderadas de todos os alimentos, pode ajudar a assegurar que a ingestão energética (calorias) é controlada e, que não são ingeridas excessivas quantidades de algum alimento ou componente de alimento. Se escolher um lanche com muita gordura, deve fazer-se uma opção com pouca gordura na refeição seguinte. Exemplos de quantidades adequadas são: 75-100gr (o tamanho da palma da mão) de carne; uma peça de fruta de tamanho médio; meia chávena de massa crua ou, 1 colher de natas geladas (50gr). Refeições pré-confeccionadas oferecem uma porção média controlada e, também têm o valor energético (calorias) mencionado na embalagem.


Manter o Peso Corporal Saudável e Sentir-se Bem
O peso ideal varia entre os indivíduos e, depende de muitos factores, incluindo o género, a altura, a idade e, a hereditariedade.
Excesso de gordura corporal – resulta da ingestão de mais calorias do que as que são necessárias. Essas calorias extra, podem vir de qualquer nutriente – proteínas, gordura, hidratos de carbono ou álcool – mas a gordura é a forma mais concentrada de calorias.
Actividade física – é uma boa forma de aumentar a energia dispendida (calorias) e, isto pode ajudar a sentir-se bem. A mensagem é simples: se estiveres a ganhar peso, come menos e sê mais activo.


Não esquecer as frutas e vegetais
Muitas recomendações, a nível europeu, alertam para o consumo no mínimo de 5 porções de frutas e vegetais, diariamente. Numerosos estudos mostraram uma associação entre a ingestão destes alimentos e a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e certos tipos de cancro. Um aumento da ingestão de frutos e vegetais foi também associado com a diminuição da pressão arterial. As pessoas podem “encher-se” de frutos frescos e vegetais porque são bons fornecedores de nutrientes e, a maioria, são naturalmente pobres em gordura e calorias. Os nutricionistas estão muito mais atentos aos frutos e vegetais como fornecedores de nutrientes e outros constituintes que são saudáveis para os indivíduos. A “hipótese antioxidante” deu atenção ao papel dos micro-nutrientes existentes nos frutos e vegetais, como vitamina C e E, assim como ao número de outras substâncias protectoras. Os carotenos (ß-caroteno, luteína e licopeno), os flavonóides (compostos fenolicos que são comuns nos frutos e vegetais geralmente consumidos, como as maçãs e cebolas e, compostos derivados de plantas do chá, cacau e frutos vermelhos) e os fitoestrogénios (principalmente isoflavonas e linhanos). Está demonstrado que têm efeito benéfico na saúde humana.


Base da alimentação nos alimentos ricos em hidratos de carbono
A maioria das recomendações alimentares preconiza que a alimentação diária deve conter 55% do total de calorias vindas dos hidratos de carbono. Isto significa que mais de metade dos alimentos ricos em hidratos de carbono, como os cereais completos, massas e outros cereais, pode ajudar a estimular a ingestão de fibra. Embora o organismo processe todos da mesma forma, os hidratos de carbono são divididos em “complexos” e “simples”. Os hidratos de carbono complexos que vêm das plantas são chamados amidos e fibras, e estão por exemplo nos grãos de cereais, vegetais, leguminosas, sementes, legumes e no pão. Estes hidratos de carbono consistem em longas cadeias de muitos hidratos de carbono simples unidos. Os hidratos de carbono simples (algumas vezes chamados açucares simples), são por exemplo o açúcar de mesa, frutos, sobremesas, doces, refrigerantes, sumos de fruta, mel, geleias e xaropes. Ambos, complexos e simples, fornecem a mesma quantidade de energia (4 calorias/gr) e ambos, podem contribuir para a formação de cáries dentárias, especialmente quando a higiene oral é fraca.


Beber líquidos com abundância
Os adultos necessitam de beber no mínimo 1,5L de líquidos diariamente, e, ainda mais no verão ou se praticarem uma actividade física. Água simples é uma boa forma de ingerir líquidos mas, a variedade pode ser tanto agradável quanto saudável. Podem escolher-se alternativas de bebidas, como néctares, sumos de fruta, chá, café e leite.


Moderação nas gorduras
A gordura é um nutriente presente nos alimentos, que é essencial para o estado de saúde. A gordura é um fonte de energia disponível e capaz de ser absorvida pelo organismo, circular e transformar-se em ácidos gordos solúveis – vitaminas A, D, E e K. A gordura contida nos alimentos é necessária para fornecer “ ácidos gordos essenciais” que o organismo não produz. Por exemplo, óleo de peixe e suplementos de óleo de peixe, são ricas fontes de ácidos gordos polinsaturados Ω-3 (Ω-3 PUFAs) α-linolenico (LNA), eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). Estes, por terem ácido linoleico e ácido araquidónico (AA) devem ser consumidos na dieta. No entanto, outras gorduras há, especialmente as gorduras saturadas, que podem contribuir para efeitos adversos na saúde, como o aumento de peso e altos níveis de colesterol e aumento do risco de doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro. Limitar a ingestão de gordura, especialmente a gordura saturada, na dieta – mas não eliminando totalmente – é o melhor conselho para uma dieta saudável. A maioria das recomendações alimentares preconiza que 30% das calorias totais diárias devem vir da gordura e menos de 10% dessas, devem vir da gordura saturada.


Balanço adequado de sal
O sal (NaCl) é formado por sódio e cloreto. O sódio é um nutriente e, está presente naturalmente em muitos alimentos. Sódio e cloreto são importantes para ajudar o organismo a manter o balanço de fluidos e regular a pressão sanguínea. Para muitas pessoas, um excesso de sódio passa correctamente através do organismo, contudo, em algumas pessoas pode aumentar a pressão sanguínea. Reduzindo a quantidade de sal na dieta, pode-se reduzir o risco de aumentar a pressão sanguínea. A relação entre a ingestão de sal e a pressão sanguínea está ainda por esclarecer e, como tal, devemos consultar o nosso médico para nos aconselhar.


Começar agora e, fazer as mudanças gradualmente
Fazer mudanças gradualmente, como comer mais uma dose de fruta e vegetais por dia; reduzir o tamanho das refeições ou andar de escadas em vez de elevador, são opções para mudanças fáceis de manter.



Dieta rica em gordura e açúcares nos primeiros anos de vida pode afectar QI

Estudo publicado no “British Medical Journal”


Uma dieta rica em gorduras e açúcares durante os primeiros anos de vida pode afectar o
desenvolvimento de quociente de inteligência (QI) das crianças, revela um estudo divulgado no
“British Medical Journal”.

Estas conclusões foram baseadas nos dados de um estudo que avaliou 14 mil crianças
nascidas no Reino Unido, entre 1991 e 1992, e que pretendia fazer o acompanhamento a
longo prazo da saúde dos participantes. Para o estudo, os pais responderam a questionários
detalhados sobre o tipo de comida e bebida que os filhos comeram no terceiro, quarto, sétimo
e oitavo ano de vida.

As crianças foram submetidas periodicamente ao teste de inteligência Wechsler, que revelou
que aquelas cuja dieta era pouco saudável tinham um QI mais baixo. Foi verificado que os
padrões de alimentação entre os quatro e os sete anos não tiveram impacto sobre o nível de
inteligência das crianças, mas sim o tipo de dieta entre os zero e os três anos.

Segundo o estudo, citado pela agência Lusa, os especialistas advertem que esses estudos
sugerem que "os efeitos cognitivos relacionados com os hábitos alimentares no início da vida
podem persistir mesmo se fosse alterada a dieta". No entanto, os especialistas afirmam que
estes resultados são "modestos" e recomendam novas pesquisas para entender melhor o
efeito sobre a inteligência que pode ter um determinado tipo de dieta numa idade avançada.

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

In: http://www.obesidade.online.pt/images/stories/dieta_gordura.pdf

Dieta mediterrânica reduz risco de síndrome metabólica

Estudo “Journal of the American College of Cardiology”


A dieta mediterrânica, muito conhecida pelos seus efeitos benéficos na saúde do coração,
também reduz o risco de síndrome metabólica, dá conta um estudo publicado no “Journal of
the American College of Cardiology”.
A dieta mediterrânica é um padrão de dieta caracterizado pelo elevado consumo de ácidos
gordos monoinsaturados, sobretudo provenientes das azeitonas e azeite; consumo diário de
frutas, legumes, cereais integrais e lacticínios com baixo teor de gordura; consumo semanal de
peixe, aves, frutos secos e legumes; um consumo relativamente baixo de carnes vermelhas e
um consumo moderado de álcool por dia, normalmente às refeições.
Segundo Demosthenes Panagiotakos, a dieta mediterrânica é uma das dietas mais bem
conhecidas e estudadas, tendo sido associada à diminuição da mortalidade devido a menor
risco de doença cardiovascular, diabetes tipo 2, obesidade e alguns tipos de cancro.
Para este estudo, os investigadores Universidade de Atenas, na Grécia, analisaram os dados
de cerca de 50 estudos publicados, que incluíram a participação de um total de mais de 500 mil
indivíduos. Entre outros resultados, o estudo constatou que a adopção deste tipo de dieta não
só diminui o risco de síndrome metabólica como também apresenta efeitos benéficos para os
parâmetros que definem esta condição, nomeadamente perímetro abdominal, níveis de
colesterol HDL, níveis de triglicerídeos, pressão arterial e metabolismo da glicose.
O investigador revela que estes resultados vão ao encontro dos já existentes, demonstrando o
papel protector e a importância dos hábitos alimentares, principalmente quando se trata de
desenvolvimento e progressão da síndrome metabólica.
Assim, Demosthenes Panagiotakos sugere a adopção de um padrão alimentar saudável, como
a dieta mediterrânica, bem como a promoção de um estilo de vida activo. Este seria, na sua
opinião, um marco no desenvolvimento de estratégias de saúde pública para a prevenção da
síndrome metabólica. O investigador acrescentou ainda que, tendo em conta os recursos
financeiros limitados que muitos países enfrentam, uma alimentação saudável parece ser um
meio eficaz e acessível para a prevenção das doenças cardiovasculares. Além dos diferentes
benefícios para saúde, este tipo de dieta pode ainda ser facilmente adoptado por todas as
populações e culturas.

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

In: http://www.obesidade.online.pt/images/stories/dietamediterr_sindromemetab.pdf

Gravidez: dieta pouco saudável tem impacto a longo prazo na saúde da criança

Estudo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”


A adopção de uma dieta pouco saudável durante a gravidez aumenta o risco de a criança vir a
sofrer de diabetes tipo 2, um factor que contribui para o desenvolvimento de cancro e doenças
cardiovasculares, sugere um estudo publicado na “Proceedings of the National Academy of
Sciences”.

Já está perfeitamente estabelecido que factores ambientais interagem com os genes ao longo
da vida, afectando a expressão desses mesmos genes e, consequentemente, a função dos
tecidos e o risco de doença. A dieta durante os períodos críticos de desenvolvimento, como
acontece durante os nove meses da gravidez, tem sido apontada como um desses factores
ambientais. A epigenética, que se refere a modificações do ADN que regulam a expressão de
um gene, tem sido sugerida como a responsável por estes efeitos.

Contudo, ainda não se sabe ao certo qual o mecanismo que controla a interacção entre a dieta
adoptada durante a gestação e a expressão de certos genes nos bebés, durante a vida adulta.

Estudos anteriores já haviam indicado que o gene Hnf4a desempenha um papel importante
durante o desenvolvimento do pâncreas e, mais tarde, na produção de insulina. Desta forma,
os investigadores da University of Cambridge, no Reino Unido, colocaram a hipótese de a dieta
adoptada durante a gravidez influenciar a expressão deste gene mais tarde na vida, e
consequentemente, o risco de diabetes.

Para testar esta teoria os investigadores liderados por Susan Ozanne utilizaram um modelo
animal, onde a alteração do conteúdo proteico da dieta da mãe durante a gravidez conduzia ao
desenvolvimento de diabetes tipo 2 nas crias, na idade adulta.

O estudo revelou que a expressão do gene Hnf4a é regulada pela dieta materna através de
modificações epigenéticas do ADN. Adicionalmente, foi também constatado que uma dieta
pobre aumenta a taxa de acumulação destas alterações epigenéticas ao longo do processo de
envelhecimento.

Em comunicado de imprensa, Susan Ozanne revelou que “o que é mais interessante é que
estamos agora a começar a entender realmente como é que a nutrição durante os primeiros
nove meses de vida pode moldar a nossa saúde a longo prazo, influenciando o modo como as
células do nosso corpo envelhecem.” Assim, os investigadores reforçam a necessidade de as
mulheres grávidas adoptarem uma alimentação saudável e equilibrada durante a gravidez.

ALERT Life Sciences Computing, S.A

In: http://www.obesidade.online.pt/images/stories/dieta_na_gravidez.pdf

Dieta e exercício físico combinados são mais eficazes na perda de peso na menopausa

Um estudo dos investigadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center, nos EUA,
publicado na revista “Obesity”, concluiu que uma dieta associada a exercício físico é a melhor
fórmula para perder peso.

Os resultados deste ensaio experimental, liderado por Anne McTiernan, mostram que a maioria
das mulheres que melhoraram a sua dieta e praticaram exercício físico diariamente perderam
cerca de 11% do seu peso, o que excedeu os objectivos iniciais do estudo.
McTiernan afirmou que todos ficaram surpreendidos com o sucesso alcançado pela maioria
das mulheres. Ainda que o grau de perda de peso não tenha sido suficiente para se considerar
que conseguiram atingir um peso normal, os benefícios para a saúde alcançados foram muitos,
incluindo a  redução do risco de desenvolvimento de diabetes, doenças cardíacas e cancro.
O ensaio experimental decorreu durante um ano e envolveu 439 mulheres entre os 50 e 75
anos, em pós-menopausa, sedentárias e com excesso de peso ou obesidade. Estas mulheres
foram divididas em quatro grupos: um grupo que só praticava exercício físico (45 minutos de
exercício aeróbio, moderado a intenso, cinco dias por semana); um segundo grupo que ingeria
na sua dieta 1.200 a 2.000 calorias por dia, sendo que menos de 30% destas era gordura; um
terceiro grupo que praticava exercício físico e adoptava a mesma dieta que o segundo grupo; e
o quarto grupo que nem seguia este tipo de dieta nem praticava exercício, funcionando assim
como grupo de controlo.

“Apesar de muitos estudos terem já avaliado o impacto da mudança do estilo de vida no peso,
poucos se debruçaram sobre as mulheres na pós-menopausa, que constituem um grupo que
tem níveis particularmente altos de excesso de peso e obesidade”, salienta McTiernan.

O grupo de mulheres que combinou dieta e exercício perdeu cerca de 11% do seu peso inicial,
com uma média de 9 Kg perdidos, enquanto o grupo de controlo que só fez exercício perdeu
apenas 2,4% do seu peso inicial (cerca de 2 Kg) e o grupo de controlo que apenas fez dieta
perdeu 8,5% (7 Kg).
Anne McTiernan relembra ainda que “não é preciso ser um atleta. Caminhar, andar de bicicleta
ou usar as máquinas de exercício cardiovascular no ginásio é suficiente”. E destaca que o
exercício regular, para além de promover a perda de peso e ajudar à manutenção do mesmo
ao longo do tempo, ajuda também no equilíbrio, na força e na condição física. “Isto ajuda as
pessoas mais velhas a manterem-se activas, o que se tem revelado um bom aliado para
prolongar uma vida mais saudável”.

Os investigadores estão agora a conduzir estudos de acompanhamento destes participantes
para determinar que outros factores – psicológicos e comportamentais – poderão estar
associados à manutenção do peso a longo termo.

ALERT Life Sciences Computing, S.A.

In: http://www.obesidade.online.pt/images/stories/noticias/dieta_e_exercicio.pdf

É difícil aprender com sede

Beber água promove a atenção e o interesse das crianças nas aulas e melhora as suas funções cerebrais.

Uma criança bem hidratada tem melhores resultados escolares do que aquelas que bebem pouca água. É a conclusão de um estudo realizado em Bolton, que envolveu 166 crianças com idades compreendidas entre os 11 e os 12 anos. As crianças foram avaliadas quanto à sua atitude perante a escola, o seu interesse pelas matérias estudadas e o seu estado de espírito durante um dia de aulas. Outros dados recolhidos foram a quantidade de água que bebiam, a cor da urina e o nível das suas competências cognitivas. Perante estes dados, verificou-se que apenas 8,4 por cento das crianças bebiam a quantidade de água recomendável para uma boa hidratação. 
Depois, durante duas semanas, as crianças receberam diariamente três garrafas de 0,5l de água. Passado esse tempo foram novamente avaliadas. Os resultados revelaram que o aumento do consumo de água diário duplicou o nível de interesse das crianças nas aprendizagens e fê-las sentirem-se 30 por cento mais calmas e atentas durante as aulas. Além disso, as suas funções cerebrais foram melhoradas. 
Por isso, os autores do estudo recomendam: 
- as crianças devem beber 6 a 8 copos de água por dia 
- é preferível enviar na lancheira uma garrafa de água do que refrigerantes e bebidas açucaradas 
- ensine os seus filhos a beber água regularmente, em pequenas quantidades, ao longo do dia. Esse é a melhor forma de garantir uma hidratação constante e é mais saudável do que compensar com grandes quantidades de água a desidratação já instalada. Ter sede é sempre sinal de que o corpo já está desidratado. 
O estudo foi patrocinado pelo Natural Hydration Council, uma organização que promove o consumo de água mineral engarrafada e liderado por uma investigadora da Manchester Metropolitan University.


In: http://www.mae.iol.pt/criancas/agua-escola-hidratacao/1252423-5539.html

Distúrbios alimentares surgem cada vez mais cedo e também nos rapazes

Crianças de seis anos hospitalizadas com anorexia e cada vez mais rapazes preocupados com o peso. Investigadores lançam alerta.

A anorexia e outras doenças do comportamento alimentar começam a surgir cada vez mais cedo. Crianças em idade escolar, algumas com apenas seis anos, estão a ser afectadas pela obsessão do peso e da magreza. Algumas precisam mesmo de internamento para poderem ser tratadas. No Reino Unido, a anorexia está a afectar 1,5 crianças em cada 200 mil, um valor muito superior ao que se supunha. 
O alerta vem do London's Institute of Child Health. 
Um outro estudo revelou, além disso, que os rapazes começam também a ser cada vez mais afectados, ou seja, os distúrbios alimentares deixaram de ser problemas de raparigas adolescentes. 16 por cento dos rapazes com idades entre os dez e os 12 anos revela esse tipo de doenças, sobretudo bulimia, enquanto entre as raparigas da mesma idade a percentagem é de dez por cento. Estes resultados foram apresentados no Journal of Clinical Nursing.


In: http://www.mae.iol.pt/criancas/peso-alimentacao-anorexia-saude/1262885-5539.html

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Crianças são hoje mais altas mas menos saudáveis

As crianças de 11 anos têm hoje mais problemas de saúde do que tinham as crianças da mesma idade há 50 anos.

Recentemente tivemos a notícia de que as crianças têm hoje menos força do que tinham as crianças da mesma idade há apenas 10 anos. Agora ficamos também a saber que, apesar de serem mais altas e terem pés maiores, as crianças são hoje menos saudáveis do que eram as crianças de há 50 anos. O jornal Daily Mail comparou dados de crianças que têm hoje 11 anos com dados de crianças de há 50 anos. E concluiu que as crianças são menos saudáveis do que foram os seus avós e terão uma esperança de vida menor. 
ALTURA
As crianças têm hoje, em média, entre cinco e 15 centímetros a mais relativamente às crianças de há 50 anos. Melhorias na alimentação, desde logo das mulheres grávidas, estarão na origem deste aumento. Também o facto de as mulheres terem tendencialmente deixado de fumar na gravidez pode ter tido influência. 
PESO
Um rapaz de 11 anos pesava em média, há 50 anos, 36,4 quilos. Hoje pesa 40,1. Para as raparigas a diferença está entre 38,5 quilos e 43,9. Claro que se as crianças são hoje mais altas também têm de ser mais pesadas, mas a diferença no peso não se deve apenas ao aumento de altura. As alterações no estilo de vida, com as crianças a passarem hoje pouco tempo em espaços exteriores leva a uma falta de actividade física que se traduz no grande aumento de peso de muitas crianças. Outro factor têm a ver com as mudanças na alimentação: hoje existe uma maior diversidade de alimentos, mas isso não se traduziu numa melhoria da alimentação das crianças: hoje comem mais gorduras e açúcares do que há 50 anos e mexem-se muito menos: só podia resultar no aumento de casos de excesso de peso e obesidade. Por isso, há mais crianças com doenças de adulto como a diabetes tipo 2, a tensão arterial elevada e níveis de colestrol muito altos. O que põe as crianças em risco de doença cardíaca muito mais cedo do que acontecia há algumas gerações.
DORES NAS MÃOS
Um outro estudo publicado recentemente revelou que há crianças com dores nas articulações dos dedos das mãos que são típicas de quem tem artrite ou de pessoas idosas com reumatismo crónico. A causa está no uso intensivo de telemóveis para mandar mensagens de texto e jogar e também no uso de consolas de jogos electrónicos.
ESPERANÇA DE VIDA
A esperança de vida é hoje maior do que era há 50 anos, mas isso pode apenas querer dizer que as crianças de hoje serão adultos doentes durante mais tempo. Por outro lado, uma vez que a obesidade reduz a esperança de vida, é provável que esta vá descer nas próximas décadas.
Um avô de hoje é geralmente mais saudável do que o seu próprio avô era na sua idade, se ainda fosse vivo. Resta saber se isso será verdade quando as crianças de hoje, com todos os problemas de saúde que já revelam, forem avós.