sábado, 13 de outubro de 2012

Quanto devemos beber quando praticamos desporto?




Quando estamos a treinar e sentimos que não podemos mais, há uma razão: estamos desidratados. Estar bem hidratado é a forma mais fácil e importante para garantir um bom desempenho. Quer saber como fazê-lo corretamente?
A hidratação é fundamental para todas as funções do corpo. Aproximadamente 60 a 70%% do nosso corpo é composto por água (42 kg para um peso de 70 kg), e é responsável: pelo transporte de substâncias através do corpo, pela remoção de produtos residuais, pela lubrificação das articulações, por dar estrutura e forma o corpo, para além de ajudar a controlar a temperatura. Com tantas funções importantes, espera-se que com o corpo desidratado seja mais difícil para o organismo funcionar corretamente.
Por que suamos?
Algumas pessoas pensam que a transpiração é uma boa maneira de perder peso ou para eliminar toxinas, mas o que é eliminado através do suor é água, não de gordura, e embora estejam presentes algumas toxinas no suor, a forma do organismo regular a eliminação de resíduos do metabolismo é através da urina. Então, nós suamos para remover o excesso de calor e manter a nossa temperatura dentro dos valores normais. Mas... como é que o corpo se refresca através da transpiração?
Quando treinamos, 75% da energia que estamos a gastar é convertida em calor e apenas um quarto usado para gerar movimento. Isto significa que se uma pessoa gasta cerca de 400 kcal numa sessão de treino, apenas 100 kcal foram utilizadas para executar os movimentos e os restantes 300 kcal dissipados através de calor. Se o organismo não tivesse a capacidade de remover o este calor, numa questão de minutos, o corpo atingiria temperaturas letais.
O calor gerado nos músculos será transportado através da circulação para o núcleo do corpo, onde se encontra: o coração, os pulmões, os órgãos da região abdominal e o cérebro; aumentando a temperatura central. A partir daqui, o sangue será enviado para a superfície da pele, culminando na transpiração. O suor que se encontra na pele absorve o calor proveniente do interior do corpo para uma temperatura que permite evaporar-se, causando um efeito de arrefecimento. Por isso, a evaporação do suor tem a vantagem que nos ajudar a manter a temperatura corporal, mas também pode levar à desidratação, se não forem repostos os líquidos perdidos.

Efeitos da desidratação
A desidratação faz com que o nosso sangue se torne mais espesso. Como o corpo deve tentar manter o fornecimento de sangue aos músculos e órgãos vitais, a frequência cardíaca aumenta à medida que o coração se esforça para lidar com a grossura do sangue.
A desidratação causa fadiga precoce e superaquecimento devido ao suprimento inadequado de sangue. Esta é a razão pela qual a desidratação reduz o desempenho físico, diminui a capacidade mental e aumenta o risco de complicações relacionadas com o calor. Mesmo que se perca apenas uma pequena quantidade de fluidos corporais (por exemplo, 1% do peso corporal), o desempenho fica comprometido.
Artigo doado pelo Instituto de Gatorade Sports Science
A fim de evitar os efeitos de desidratação e para obter um desempenho adequado durante a atividade física é importante hidratar antes, durante e após o exercício. Levar uma garrafa com líquido, e tê-la perto do local onde se está a exercitar, é tão indispensável como usar ténis durante o treino de corrida.

Conclusão
Lembre-se que as necessidades de líquidos variam de acordo com o indivíduo, a intensidade do exercício que faz e as condições ambientais, de modo que não se pode dar uma recomendação geral de hidratação. Para ver se se hidratou corretamente durante o treino a pessoa deve pesar-se antes e após o exercício, se o peso final for menor significa que a hidratação foi insuficiente e se se ganhou, indica que se excedeu na hidratação. Lembre-se que a hidratação adequada é beber o suficiente para repor as perdas sem consumir em excesso.
O que mais podemos dizer para convencê-lo de que a hidratação é muito importante? Comece a partir de agora por hidratar-se corretamente e vai notar uma grande melhora no seu desempenho.

in: http://www.runners.es/nutricion-salud/hidratacion/articulo/cuanto-hay-que-beber-cuando-hacemos-deporte

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Colesterol - como diminuir


Retirado do blogue idoso do futuro um artigo de Mário Espiga de Macedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose.

O excesso de colesterol - proteínas gordas - no sangue provoca aterosclerose. E este envelhecimento prematuro dos vasos sanguíneos pode levar a enfartes ou acidentes vasculares cerebrais. Faça uma lista com os bons e os maus alimentos.

Mário Espiga de Macedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose (SPA), diz que «uma dieta diversificada», baseada nos alimentos 'com luz verde' ilustrados nesta página, ajuda a corrigir esta situação. A lista para a dieta foi criada a partir das suas contribuições, bem como das do especialista em macrobiótica e colaborador do SOL Francisco Varatojo e da nutricionista Sara Fernandes.
Apesar de existirem os alimentos proibidos, mas o presidente da SPA é contra fundamentalismos: «Só em situações extremas se deve cortar com as carnes vermelhas».
Para quem sofre deste problema, o ideal é ter as análises em dia. E, se o colesterol 'mau' (LDL) ultrapassar os 200, fazer uma dieta equilibrada e praticar exercício físico.

Açúcar 
«O consumo excessivo de açúcar contribui para o aumento de depósitos adiposos e de colesterol no organismo» , diz a nutricionista Sara Fernandes.

Marisco 
Lagosta, camarão, percebes ou amêijoas estão na lista dos alimentos com alto teor de colesterol.

Gordura animal 
Os produtos de charcutaria são ricos em gorduras saturadas que aumentam o colesterol. A gordura dos cozinhados, como o molho dos bifes e do frango assado com pele, por exemplo, tem o mesmo efeito.

Margarina 
Croissants, bolachas, pastéis, folhados e todos os alimentos com gorduras hidrogenadas «têm um efeito no organismo muito semelhante às gorduras saturadas», diz a nutricionista Sara Fernandes.

Carne vermelha  Os três especialistas contactados pelo SOL elegem a carne de vaca e de vitela como alimentos com um alto teor de colesterol. Já o porco é, segundo Mário Espiga de Macedo, «uma carne magra» que pode ser consumida «desde que se retire a gordura».

Alimentos refinados  O pão branco, o arroz convencional e as massas refinadas «contribuem para o aumento de depósitos adiposos e de colesterol no organismo», defende Sara Fernandes.

Queijo 
Dos produtos lácteos - que deve consumir-se magros ou meio-gordos -, os queijos são os mais ricos em gordura animal, fonte de colesterol.

Ovos 
Estudos recentes apontam o ovo como um alimento com baixo teor de colesterol. No entanto, segundo Mário Espiga de Macedo, «é prematuro defender esta teoria». A regra é consumir apenas dois/três ovos por semana.

Nabos 
Rábano, nabo ou rabanetes ralados. Francisco Varatojo explica que todos «ajudam a digerir e a eliminar os excessos provocados pelo abuso de produtos animais».

Hortaliças 
Agriões, nabiças e couve portuguesa contêm fibras e fitoesteróis que regulam o colesterol. Mário Espiga de Macedo acrescenta a cebola e o alho, «que a tradição popular diz serem alimentos que evitam a subida do colesterol e cujos benefícios são estudados por nutricionistas».

Cogumelos 
Em particular o cogumelo shitake. Os cogumelos são ricos em fibras e gorduras não saturadas. Um dos compostos dos shitake, o lentinan, ajuda a baixar os níveis de colesterol.

Hidratos de Carbono 
As leguminosas e as batatas são alimentos saudáveis que não elevam o colesterol e podem ser consumidos livremente. Em excesso, engordam.

Arroz Integral 
Reduz o colesterol, «porque contém orizanol, uma substância presente no farelo do arroz, e fibras», diz a nutricionista Sara Fernandes.

Cevada 
Em particular a cevada perolada. É rica em fibras solúveis, nomeadamente o beta-glucan que está cientificamente provado reduzir os níveis de gordura do sangue.

Fruta 
Toda a fruta evita a subida do colesterol, de acordo com o presidente da SPA. Mas os frutos mais doces, como os figos e as uvas, podem levar «à subida dos triglicerídeos» e consequente aumento do colesterol, se consumidos em excesso.

Chá verde 
Os polifenóis desta planta evitam que o LDL oxide, «o que danifica e acelera o endurecimento das artérias», diz a nutricionista Sara Fernandes.

Algas 
Com propriedades anti-colesterol, «ajudam o organismo a lidar com excesso de poluição ambiental e contaminação interna», explica Francisco Varatojo.

Fonte "Jornal o Sol"